8º encontro: O Menino e o ancião

Com esse encontro vemos que o Menino pode transformar-nos, mesmo que sejamos tão velhos como Simeão. Quarenta dias após o nascimento, Maria e José levam o Menino ao templo de Jerusalém para consagrá-lo ao Senhor.
Simeão, homem justo, piedoso e cheio do Espírito Santo, toma o Menino em seus braços e discorre sobre ele com palavras dirigidas a Deus. Simeão bendiz a Deus. Maria e José ficam admirados com as palavras do velho Simeão.
Se, como Simeão, tomarmos o Menino em nossos braços, ele vai penetrar também em nossa própria escuridão com sua luz e nos mostra que tendências ocultas há em nosso coração, que nos afastam da vida e obscurecem nosso próprio ser.
O encontro do ancião com o Menino Deus, é figura da esperança: esperança de que também em nosso tempo os conflitos das gerações sejam solucionadas com bons modos. Quando a criança felicita o velho, e o velho cheio de sabedoria abençoa a criança, então velhos e jovens tornam-se benção e salvação uns para os outros.

Após seu nascimento, o Menino põe muita gente em movimento. Conduz Maria e José pelo caminho de Nazaré para Belém; convoca os pastores a irem para Belém; os pastores se juntam, diante do Menino e, no encontro com ele, recebem novo impulso para a vida. O Menino põe o céu em movimento: anjos vêm do céu para transmitir a alegre notícia.
O Menino tem uma solução para cada um. Do mesmo modo, em qualquer idade em que estejamos, o Natal quer levar-nos também ao encontro do Menino Deus. E deseja que este encontro mude a nossa vida. Mudar nosso medo em confiança, nossa escuridão em luz, nosso desconhecimento em clareza, nosso afastamento em intimidade familiar, nossas feridas em pérolas e nosso cativeiro em libertação.
Que nesta semana, que nos leva do Natal ao começo de um novo ano, possa haver encontros mútuos na família, com amigos, vizinhos e no trabalho. Que nossas relações sejam transformadas pelo esplendor do Natal, para que resplandeça sempre de novo nestes encontros o mistério do amor de Deus encarnado. Que nossos corações se abram um para o outro e nos uma, uns com os outros!
- Anselm Grün -